PTT é prova definitiva que o velho LOONA não volta mais

O ano passado trouxe muitas mudanças para o LOONA… e não exatamente as melhores. O grupo passou a seguir por um caminho mais genérico, tanto musical quanto conceitualmente. Mas 2020 passou, a HaSeul voltou e será que agora LOONA pôde voltar a ser icônico como era antes?

Bem, pra começo de conversa, eu devo dizer que gostei da música. Eu só não sei dizer ainda o quanto isso é por mérito dela própria e o quanto é apenas eu aliviado pelo negócio não ser tão ruim quanto So What e Why Not. Pra ser sincero, o que realmente tá impedindo Paint The Town de atingir seu potencial é esse refrão ridículo com os Ratatas Ratatas. Pensei que depois do ano passado o k-pop voltaria a usar refrões de verdade, mas pelo visto todo mundo decidiu seguir a escola Teddy Park de “como arruinar uma música” em 2021.

A grande questão é que se ainda havia esperanças do LOONA retomar sua consistência pré-2020, PTT acabou de enterrá-las. O comeback segue a mesma fórmula dos dois anteriores: uma title track hip-hop e b-sides que atiram pra todos os lados. O resultado foi mais satisfatório que os do ano passado, mas eu não consigo deixar de sentir um gosto de decepção.

Eu considero o LOONA de agora um grupo diferente daquele do pré-debut, só que com as mesmas integrantes. Antes, quase todas as músicas eram produzidas pelos caras do Monotree, que sabiam quais os pontos fortes do grupo e sabiam qual era o diferencial dele. Mesmo experimentando diversos gêneros, a produção do Monotree em quase todas as músicas garantia uma consistência sonora (o girl crush de Girl Front ou mesmo favOriTe é muito mais “loona” do que So What ou PTT por conta disso). Os novos produtores, por mais competentes que sejam, não têm esse cuidado – provavelmente porque a BBC não faz questão disso – e o resultado disso a gente vê nos comebacks recentes. São músicas que poderiam pertencer a qualquer grupo, mas por acaso foram vendidas ao LOONA.

Aparentemente uma parte dos Orbits odeia o Jaden Jeong com todas as forças (o que não faz um pingo de sentido, mas vai entender…), mas pra mim é inegável que o grupo saiu perdendo sem ele. Antes o processo criativo estava centralizado na figura dele, que se certificava que tudo que o grupo lançava mantinha uma coesão com a identidade que ele criou para o LOONA (e isso não quer dizer que ele seja um gênio infalível: aquela boyband dele é consistente, mas não lançou nada que preste até agora). Isso, sem contar que toda a proposta do pré-debut já era algo que fazia do LOONA algo único e diferente. Da era Jaden Jeong, só sobrou a parceria com o Digipedi e é por isso que a única que não mudou de lá pra cá foi a qualidade dos MVs.

E eu acabo de perceber que esse post virou apenas um longo desabafo… Mas pois é, eu precisava colocar pra fora o porquê eu não espero mais grande coisa do LOONA. Ainda assim, convenhamos que isso tá melhor do que muito girl crush que tá saindo esse ano. Chegou a hora de me conformar, “ra ta ta ta ta ta” é o som LOONA agora.

3 comentários sobre “PTT é prova definitiva que o velho LOONA não volta mais

  1. acho que como loona tem uma grande promessa e um retorno melhor por parte do exterior, acabam querendo que o grupo soe mais parecido com os que estão fazendo sucesso. Ate twice esta cedendo um pouco a essa tendência. A música realmente acabou sendo um pouco mais genérica mas achei melhor assim do que ousar demais e entregar algo como So What.
    Mas tiveram um bom debut japonês, entregando um som diferente do que elas estavam tendo por agora. acho que é isso, estão se moldando mais para diferentes públicos para ver se deslancham de vez como as promessas que tinham pre debut

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